Marcus Toledo volta à música com o álbum Antonio
Assessoria | 29/11/2024 08:51
Ao ouvir o álbum Antonio, novo trabalho do jornalista e músico Marcus Toledo, é impossível não fazer uma viagem no tempo. Ex-integrante de bandas icônicas de Maceió nos anos 90 e 2000, como Segredo de Estado e Máfia Nordestina, Marcus foi forjado ao som de Paralamas, Legião, Titãs, Barão, e isso se reflete no novo álbum. “No vídeo de apresentação que fiz, digo que a gente tava com saudades de ouvir um som assim. E não é mentira. Nossa geração ficou meio órfã. Ainda bem que parte dessas bandas ainda está viva, fazendo música boa”, diz o artista.
São cinco canções de um repertório vasto que deve ser acrescido ao longo de 2025. A belíssima “Dia” abre o trabalho, com uma mensagem otimista e uma pegada pop-rock cativante. “Dia é um antidepressivo auditivo. Que energia boa que ela passa”, disse uma admiradora. Antonio tem ainda “A Festa”, com muito rock e o hip-hop competente de Vitor Pirralho, o reggae-pop “Perdão”, a também belíssima “Quanto Tempo?” e a balada que une violão, cajon e harmônica “Mesmo Sem Ter Direção”, que vem recebendo muitos elogios.
“Quis fazer um álbum leve, alegre, com canções que contam histórias, trazem mensagens e uma diversidade de ritmos. São cinco músicas com estilos diferentes, amarradas num linha única, harmônica. Pelo menos essa é a minha percepção”, diz o músico.
Marcus faz questão de ressaltar nesse álbum outra missão que realizou. Além de compor todas as músicas, ele também é autor dos arranjos de base, uma atividade trabalhosa, mas que lhe dá muito prazer.
“Geralmente as pessoas se ligam de início na voz e na melodia das músicas. Mas tem um elemento a mais que é fascinante: a forma como a canção foi construída. Que instrumentos usamos, qual o timbre, o desenho deles, as frases e o protagonismo que cada um terá. Isso é fascinante, e pode significar o sucesso de uma música”, explica Marcus.
Nesse trabalho, o artista faz questão de ressaltar o talento de pessoas como o produtor Jair Donato, de Maceió, e dos músicos do estúdio Grave Online, de São Paulo. “São artistas fantásticos, que traduzem muito bem as ideias que coloco no papel. O resultado final sempre fica acima do esperado”, conta.
Ainda não há shows previstos, mas a ideia não está fora do radar. Como é primeiro trabalho solo do artista, Marcus não tem hoje uma banda pra subir aos palcos. Mas nada que não se resolva. A velha turma de Jacarecica está a postos pra se juntar outra vez, como nos bons e velhos tempos. É aguardar pra ver.
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